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Viajar ou não viajar com crianças? – eis a questão

























Para inaugurar a nova sessão do blog “Nick em sua jornada”, achei pertinente escrever sobre um tema que gera muita polêmica: viagem com crianças.
Parafraseando a sentença de William Shakespeare, “Ser ou não ser – eis a questão”,algumas pessoas também fazem teses filosóficas sobre viajar ou não viajar com crianças. Vale ressaltar que quando menciono a palavra “viagem”, não estou querendo dizer apenas de longas distâncias, mas também de uma exploração em um bairro desconhecido de sua cidade, um parque nunca visitado, uma caminhada por uma área diferente, um museu pouco explorado, etc.
Abaixo, listo alguns motivos muito especiais, pelos quais as crianças devem ser peças importantes nos roteiros turísticos.

Crianças são excelentes parcerias

Muitos pais adiam uma viagem, pois pensam que não irão relaxar, que vão se cansar mais devido à presença de uma criança na jornada. Entretanto, esses serzinhos dão aula de companheirismo e parceria. Uma dica que aprendi desde que a Nicole nasceu é explicar todas as situações para ela, literalmente, conversar com ela antes de algum evento importante acontecer. Pode parecer bobo, mas não é! Eles entendem e assimilam as situações. Por exemplo, quando ela tinha apenas um mês e meio, morávamos em Blumenau (Santa Catarina) e iríamos visitar nossos familiares que moram em Itapira (São Paulo). Eu estava mega ansiosa de como seria sua reação, se eu me incomodaria durante a viagem, se ela teria dores nos ouvidos, etc. Foi quando conversei com a pediatra e ela me disse, converse com ela e explique a situação. Quanto às dores no ouvido devido à pressurização, amamente ou dê mamadeira para ela durante a decolagem ou aterrissagem.  
Segui o conselho e expliquei para a Nick que iríamos conhecer pessoas que a amavam muito, que seria um pouco diferente e cansativo, por é m que ela passaria um excelente tempo. Viajamos pela primeira vez de avião de Navegantes (Santa Catarina) até Viracopos (São Paulo) e a Nicole se comportou muito bem! Parece que ela entendia que ela estava vivendo uma situação nova.
Além deste exemplo, tenho muitos para citar, pois a Nicole está muito presente comigo, já que moro longe dos avós que poderiam ficar com ela para a mamãe se divertir. Ela sempre me acompanha em viagens, jantares, eventos, etc e sempre se mostra muito companheira. Vale ressaltar que eles são companheiros com muita energia para explorar cenários e vivências novas.

Crianças são exploradores natos

Se os adultos precisam ser estimulados a serem um pouco mais exploradores, as crianças já nascem com esse botão default. Como tudo é absolutamente novo para o universo infantil, eles utilizam todos os sentidos (tato, visão, audição, olfato e paladar) para explorarem os ambientes. Por isso, eles são viajantes que prometem viver tudo com muita intensidade e vida!

Crianças nos ensinam a ressignificar

Essa é uma das lições mais mágicas que a Nicole tem me ensinado: ressignificação. Ela me ensina a ver com outros olhos absolutamente tudo ao meu redor. E acredito que essa é uma missão do público infantil – ressignificar e trazer vida ao universo cinzento dos adultos.  
As crianças têm uma capacidade de contemplar o simples, que nós adultos, vamos perdendo com o passar do tempo. A criança sabe contemplar o vôo de uma borboleta, as diferentes cores de um jardim, o gorjear das aves, as nuvens do céu, etc.

E como é importante ter essa habilidade quando estamos em uma viagem! Os turistas mirins podem rechear as viagens de novos sentidos e percepções, que poderiam passar isentas sem suas ilustres presenças.

Crianças nos ensinam a planejar

Crianças também nos ensinam uma excelente habilidade que será uma aliada das viagens: o planejamento. Se sozinhos, não temos horário para almoçar, beber uma água, ir ao banheiro, podemos dormir em qualquer lugar, etc, os turistas mirins nos fazem dar um break em nosso ritmo desenfreado para planejar o roteiro. É necessário ter o mínimo de planejamento com o universo infantil, para gerar mais tranqüilidade, segurança e, consequentemente, o divertimento.
Não estou dizendo para se fazer um planejamento nos moldes militar, entretanto, programar as refeições, manter a criança hidratada, aplicar sempre filtro solar, carregar sempre frutas e snacks, ter sempre roupas extras na bagagem de mão, trocar a fralda (se for bebe), etc. Diante deste cenário, por exemplo, os pais acabam por ficarem mais atentos sobre restaurantes, banheiros, segurança, horários para explorar o local, etc.

Tenho aprendido muito isso com a Nicole, a me planejar um pouquinho. Como sempre fui muito intensa, gostava de aproveitar cada instante, sem “perder” tempo. E saia sem rumo, a fim de explorar os cenários. Entretanto, muitas vezes nem tinha lido ou pesquisado a respeito do local e minha exploração se tardava mais. A Nick tem me ensinado a pesquisar e planejar um pouco os locais a serem visitados.  E aprendi que mesmo que o ritmo diminua um pouco, eu estou aproveitando muito mais, pois houve o mínimo de planejamento.

Comentários

Anônimo disse…
Adorei o texto. Me identifiquei com ele.
Bjs
Clara

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